No começo da década de 2000, os brothers do Hyper Filmes (procurem informações por eles na internet, que certamente há de se encontrar um material, no mínimo, hilário) me convidaram para fazer uma ponta num dos curtas por eles imaginado. Lógico que aceitei imediatamente o convite. O resultado, do projeto de trash movie, é “Bleide da Compensa”, que encontra-se disponível no canal de You Tube do devido grupo desde o ano de 2014.
Somente treze anos após a produção terminada é que consegui finalmente assistir Bleide. Dei boas risadas porque em sete minutos de filme, o que vemos é uma espécie de trailer com uma produção, que intencionalmente não tinha a preocupação de mostrar um mínimo de qualidade, em respeito a iluminação, fotografia, efeitos etc. No pesar anárquico, temos pontos positivos e memoráveis, mesmo que como micos. Edney Lee quando coloca o par de óculos escuros fica o sósia perfeito do personagem hollywoodiano parodiado. Dentre todos os atores, que adotaram o sobrenome “Lee” nos créditos, é possível identificar-se facilmente vários (ou quase todos) que atuaram no longa “O Príncipe Kung Fu” (marco histórico, sem querer, do cinema amazonense por ter sido o primeiro longa metragem regional do estilo trash) e a atuação patética deste que digita mecanicamente estas palavras aqui escritas.
“Bleide da Compensa” não é apenas um filme curta metragem trash, mas um entretenimento honesto em sua proposta que acaba sendo ímpar espontaneamente (lembro que o roteiro ia sendo criado conforme íamos filmando) por apresentar um registro de paródia tão ridículo que alcança o ápice em ser engraçado. Certamente que seria interessante a realização de outros projetos com a Hyper Filmes.
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