O poema a seguir merece uma pequena observação. Foi publicado no fanzine “Quarta Literária” n° 5, em outubro de 2002. Feito na cegueira de uma paixão, não levei em consideração a ausência de rima nos últimos versos. Quando percebi isso, optei por deixar assim em ver como uma pequena quebra anárquica nos paradigmas literários. Um acadêmico conservador iria desprezar o escrito como quem despreza um doce estragado. Contudo, a garota, que agora me interessa tanto como uma bicicleta interessa para um peixe, adorou a poesia na época.
Polly como pólen
das flores que constroem.
Anna como anda
tão perfeita dama.
Polly está polida
sua pele alva viva.
Anna acende a flama,
com olhar me chama.
Polly possuída
de desejo a poetiza.
Anna em sua cama
deita, rola e ama.
Polly poliandria
só comigo deixaria.
Anna com sua gama
flerta-me com gana.
Polly policromia
multicores de vida.
Anna como emana
emancipa teu drama.
Polly com postura
de eterna formosura.
Anna que conquista
porventura minha vista.
Polly positiva
acaba com a negativa.
Anna analista
precisão de alquimista.
Polly postulada
sempre será amada.
Polly como pode
separar de Anna?
Anna explica a Polly
que alguém lhe quer.
Polly, Mário e Anna.
Pollyanna mulher.
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