Auto biografia artística virtual. Registros de eventos, resenhas, desenhos, crônicas, contos, poesia marginal e histórias vividas. Tudo autoral. Quando não, os créditos serão dados.

Qualquer semelhança com a realidade é verdade mesmo.

quinta-feira, 20 de março de 2014

As 10 Mais Músicas

           Seguindo a tradição das listas “10 Mais”, agora apresento meu gosto pessoal quanto a músicas propriamente ditas.


AS 10 MAIS MÚSICAS (NACIONAIS):

1)    “Lobo Expiatório” do Camisa de Venus;
2)    “Ninguém Vai Sair Vivo Daqui” de Marcelo Nova:
3)    “Eu Sou Egoísta” de Raul Seixas;
4)    “Filha da Puta” do Ultraje a Rigor;
5)    “Proteção” do Plebe Rude;
6)    “Ele Disse Não” do Inocentes;
7)    “Mistérios da Sexualidade Humana” do Replicantes;
8)    “É Natal!” do Cólera;
9)    “Pobre Paulista” do Ira! E
10)  “Tempo Perdido” do Legião Urbana.
God Save the Queen do Sex Pistols está dentre os singles mais
caros da indústria fonográfica


AS 10 MAIS MÚSICAS (INTERNACIONAIS):

1)    “Garden of Serenity” do Ramones;
2)    “Thick as Thieves” do The Jam;
3)    “God Save the Queen” do Sex Pistols;
4)    “Charlies Watching” do Toy Dolls;
5)    “Fast as a Shark” do Accept;
6)    “Broken Nose” do Catherine Wheel;
7)    “London Calling” do The Clash;
8)    “Ritual” do Ghost;
9)    “Marian (Version)” do Sisters of Mercy e
10)  “Happy Together” do The Jam.


AS 10 MAIS MÚSICAS BALADAS (NACIONAIS):

1)    “Coração Sequestrado” do Marcelo Nova;
2)    “Lena” do Camisa de Venus:
3)    “Índios” do Legião Urbana;
4)    “Mais que Um Sonhador” do Degradée;
5)    “Garota do Ano” de Arnaldo Brandão;
6)    “Me Chama” do Lobão;
7)    “Sangue Frio” do Azul Limão;
8)    “Só pro Meu Prazer” do Heróis da Resistência;
9)    “Sandina” do Replicantes e
10)  “Lar de Maravilhas” do Casa das Máquinas.


AS 10 MAIS MÚSICAS BALADAS (INTERNACIONAIS):

1)    “Carnation” do The Jam;
2)    “Can’t Get You Outta My Mind” do Ramones;
3)    “Play Your Game” do S.J. & the Crossroads;
4)    “Waiting for the Sun” do The Doors;
5)    “Soldier of Fortune” do Deep Purple;
6)    “No Time to Loose” do Accept;
7)    “The Price” do Twisted Sister;
8)    “Without Your Love” do TNT;
9)    “When the Smoke is Going Down” do Scorpions e
10)  “Tears of Fire” do Keel.


AS 10 MAIS MÚSICAS COVER (NACIONAIS):

1)    “Eu Acredito em Milagres” interpretação de “I Believe in Miracles” dos Ramones feita por Wander Wildner;
2)    “Carolina” interpretação de Luiz Gonzaga feita pelo Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis;
3)    “Quanto Vale a Liberdade” interpretação do Cólera feita pelo Inocentes;
4)    “Lutar, Matar” interpretação do Olho Seco feita pelo Korzus;
5)    “Drug Me” interpretação do Dead Kennedys feita pelo Sepultura;
6)    “Popstar” interpretação do João Penca e Seus Miquinhos Amestrados feita por Alvin L.;
7)    “Buracos Suburbanos” interpretação do Psykose feita pelo Ratos de Porão;
8)    “Runaway” interpretação de Del Shannon feita pelo Ultraje a Rigor;
9)    “Pra Ficar Comigo” interpretação do The Clash feita pelo Ira! E
10)  “Ouro de Tolo” interpretação de Raul Seixas feita pelo Camisa de Venus.


AS 10 MAIS MÚSICAS COVER (INTERNACIONAIS):

1)    “Somebody to Love” interpretação de Jefferson Airplane feita pelo Ramones:
2)    “No Fun” interpretação do The Stooges feita pelo Sex Pistols;
3)    “Dream On” interpretação do Bermude Triangle feita pelo Aerosmith;
4)    “Cross Eyed Mary” interpretação do Jethro Tull feita pelo Iron Maiden;
5)    “Brand New Cadillac” interpretação de Vince Taylor & his Playboys feita pelo The Clash;
6)    “Viva Las Vegas” interpretação de Elvis Presley feita pelo Dead Kennedys;
7)    “God Save the Queen” interpretação do Sex Pistols feita pelo Anthrax;
8)    “Summertime” interpretação de George Gershwin feita por Janis Joplin;
9)    “Am’ I Evil” interpretação de Diamond Head feita pelo Metallica e
10)  “Forward to Death” interpretação do Dead Kennedys feita pelo Nomeansno.


AS 10 MAIS MÚSICAS INSTRUMENTAIS (NACIONAIS):

1)    “Chuva Inflamável” do Camisa de Venus;
2)    “Adeus Carne” do Inocentes;
3)    “Rinoceronte na Montanha de Geléia” do Violeta de Outono;
4)    “Five Minutes Beyond the Walls” do Mutilator;
5)    “Kaiowas” do Sepultura;
6)    “Os Cães Ladram (Mas Não Mordem) e a Caravana Passa” do Ultraje a Rigor;
7)    “Aria” do Taurus;
8)    “Lixo do Mangue” do Chico Science & Nação Zumbi;
9)    “Lost Time” do Attomica e
10)  “Megaforce” do Panic.


Coast to Coast do Scorpions é um dos raros singles instrumentais
AS 10 MAIS MÚSICAS INSTRUMENTAIS (INTERNACIONAIS):

1)    “Durango 95” do Ramones;
2)    “Transilvania” do Iron Maiden;
3)    “Coast to Coast” do Scorpions;
4)    “The Call of Ktulu” do Metallica;
5)    “For the Love of God” do Steve Vai;
6)    “Epilogue” do English Dogs;
7)    “Sabre Dance” do Toy Dolls;
8)    “Moby Dick” do Led Zeppelin;
9)    “Mosh, Don’t Pass the Guy” do Frank Black e
10)  “The Hellion” do Judas Priest.


AS 10 MAIS MÚSICAS BLUES (NACIONAIS):

1)    “Morte ao Anoitecer” do Camisa de Venus;
2)    “Midnight Blues” do Inocentes;
3)    “O Sol Também me Levanta” do Blues Etílicos;
4)    “Canceriano Sem Lar” do Raul Seixas;
5)    “Guarda Essa Canção” do Barão Vermelho;
6)    “Pais e Filhos” do Legião Urbana;
7)    “Genuíno Pedaço do Cristo” de André Christovam;
8)    “Bues da Piedade” de Cazuza;
9)    “Cocaína” de Marcelo Nova e
10)  “Medicine Blues” do Witchhammer.


AS 10 MAIS MÚSICAS BLUES (INTERNACIONAIS):

1)    “Maybe” da Janis Joplin;
2)    “Since I’ve Been Loving You” do Led Zeppelin;
3)    “You Shook Me” de Willie Dixon;
4)    “The Jack” do AC/DC;
5)    “Roadhouse Blues” do The Doors;
6)    “Pride and Joy” de Stevie Ray Vaughan and Double Trouble;
7)    “Hey Joe” de Jimi Hendrix;
8)    “Seamus” do Pink Floyd;
9)    “One Bourbon, One Scotch, One Beer” de John Lee Hooker e
10)  “Cross Road Blues” de Robert Johnson.


AS 10 MAIS MÚSICAS ROCK AND ROLL (NACIONAIS):

O raríssimo single de Sinca Chambord do
Camisa de Venus
1)    “Rock ‘n Roll” de Raul Seixas e Marcelo Nova;
2)    “Sinca Cachambord” do Camisa de Venus;
3)    “Banco de Trás de Um Cadillac” do Cascavelletes;
4)    “Stress” do Casa das Máquinas;
5)    “On the Rocks” Rita Lee e Roberto de Carvalho;
6)    “Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde que Eu Tenha o Rock and Roll” do Mutantes;
7)    “O Vira” do Secos e Molhados;
8)    “Pro Dia Nascer Feliz” do Barão Vermelho;
9)    “O Chiclete” do Ultraje a Rigor e
10)  “O Rapé” do Joelho de Porco.


AS 10 MAIS MÚSICAS ROCK AND ROLL (INTERNACIONAIS):

1)    “Great Balls of Fire” de Jerry Lee Lewis;
2)    “Helter Skelter” do The Beatles;
3)    “Rock and Roll” do Led Zeppelin;
4)    “Blue Suede Shoes” de Elvis Presley;
5)    “Rock and Roll High School” do Ramones;
6)    “Rocker” do AC/DC;
7)    “It’s Only Rock ‘n’ Roll (But I Like It)” do Rolling Stones;
8)    “Ace of Spades” do Motörhead;
9)    “Rock This Town” do Stray Cats e
10)  “Long Live Rock and Roll” do Rainbow.


AS 10 MAIS MÚSICAS PSICODÉLICAS (NACIONAIS):

1)    “Eternamente” de Walter Franco;
2)    “Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets” do Mutantes;
3)    “Cilindro Cônico” do Casa das Máquinas;
4)    “Tubarões Voadores” de Arrigo Barnabé;
5)    “Império dos Sentidos” de Fausto Fawcett e Robôs Efêmeros;
6)    “Em Toda Parte” do Violeta de Outono:
7)    “O Peixe” de Vera Neghri;
8)    “A Sétima Efervescência Intergaláctica” de Júpiter Maçã;
9)    “Sobremesa” de Chico Science e Nação Zumbi e
10)  “Atrás de Espaçonaves” do Haxixins.


AS 10 MAIS MÚSICAS PSICODÉLICAS (INTERNACIONAIS):

1)    “Revolution 9” do The Beatles;
2)    “Echoes” do Pink Floyd;
3)    “Hocus Pocus” do Focus;
4)    “A Tab in the Ocean” do Nektar;
5)    “In a Gadda da Vida” do Iron Butterfly;
6)    “21st Century Shizoid Man Mirrors” do King Crimson;
7)    “The Story of the Hare Who Lost his Spectables” do Jethro Tull;
8)    “Blues for Allah” do Grateful Dead;
9)    “The Musical Box” do Genesis e
10)  “We Will Fall” do The Stooges.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Recortes Ácidos - O Rock dos Playmobils

Escrito pelo vocalista/baixista da banda, Albenízio Júnior, Recortes Ácidos – O Rock dos Playmobils trata-se de um divertido relato cronológico da, já não tão curta, história deste power trio amazônido, com influências ramoníacas evidentes, que vem conquistando seu espaço pouco a pouco.
Capa do histórico livro de Albenízio Júnior
Com uma linguagem bem popular e um tanto jovial, a cada capítulo, o autor vai traçando um registro dos ensaios, festivais, shows, bares e outros ensejos mais que vão protagonizando o legado do trio. Detalhes de bastidores como organização, divulgação, público e principalmente testemunhos diversos, atraem a atenção do leitor que consegue se imaginar nos episódios como coadjuvante passivo. Mesmo as etapas de mudança de formação amigável, imprevistos desastrosos e de desavenças com terceiros ganham um ar de diversão, o que não foge em nada do espírito das músicas dos Playmobils. Impossível não citar a imensa importância dos irmãos Magnanis (Carol Magnani e Henrique Magnani completam, juntos com Albenízio, o conjunto, respectivamente como guitarrista e baterista) nas composições, letras, arranjos, espírito e unidade do grupo.
A narrativa do livro pode até parecer amadora, em tom de fanzine, mas esta publicação, de 106 páginas, lançada em 2012 pela Editora Controle Gabiru Livros (Juiz de Fora – Minas Gerais) possui grande importância histórica para a música nortista (principalmente o rock manauara) e até mesmo para a literatura local. A justificativa está no fato deste ser o primeiro livro lançado por uma banda de rock da cidade de Manaus, possuir depoimentos de várias pessoas, registro de locais, eventos memoráveis e importantíssimos para o cenário rockeiro amazonense, datas e principalmente fotos antigas que deixam de ser esquecidas em gavetas e passam para as estantes públicas e privadas. Destaque também para ótima qualidade da impressão.
Sem mais delongas, Recortes Ácidos – O Rock dos Playmobils é uma indicação mais do que apropriada para quem estuda, registra, coleciona ou apenas se interessa em ler sobre o rock de Manaus. Procure já adquirir este livro histórico.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Aforismos Oresteanos

“Que a paz reine entre nós, nem que para isso seja preciso deitar algumas pessoas.”

“Até a primeira metade do século passado, a música clássica era o estilo mais popular no mundo. Então vieram os Beatles e foderam tudo.”

“Se um homem deixa de satisfazer uma mulher, outro homem o fará. Logo, o primeiro perde o direito de ser satisfeito por qualquer outra mulher.”

“Antes um feto abortado, a uma criança nascida que viverá na agonia.”

“Seus sentidos são seus melhores cúmplices. Porém, eles podem impor seus maiores enganos.”

“Viva cada dia como se fosse o último, mas não esqueça que cada um desses dias, serão seguidos de noites que poderão lhe trazer surpresas infinitas.”

“Exercício físico de idoso obeso é tomar banho.”

“Com a Ressonância Magnética Pélvica complementando o exame de PSA, só faz exame do toque o homem que está muito mal informado ou o homem que realmente gosta de pegar uma dedada.”

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Breaking Bad

             Um dos fatores que garante sucesso em filmes, é a criatividade em seu roteiro. Pois no seriado televisivo americano Breaking Bad, este fator se faz o grande diferencial dentre os demais. Prova disso está na enorme quantidade de prêmios ganhos pela série (quarenta e cinco no total com cento e treze nomeações de prêmios, incluindo Melhor Série Dramática, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Emmy Award, dentre outros).
Um dos cartazes da ótima série Breaking Bad
O atormentado protagonista Walter White
Criado e produzido por Vince Gilligan, o drama narra a história de Walter White (interpretado brilhantemente por Bryan Cranston). Um professor de Química que se encontra com terríveis problemas familiares. Sua esposa está grávida, seu filho é um incapacitado que sofre de uma doença degenerativa, suas dívidas aumentam e como fatalidade derradeira, ele mesmo é diagnosticado com câncer pulmonar em estágio de metástase. Como a morte é premeditada e inevitável, este resolve usar os seus conhecimentos de química e produz pedras de crack para venda, revertendo assim, o lucro como garantia financeira do futuro de sua família. O detalhe está no fato dele ser um ótimo conhecedor de química e, devido a isso, passar a produzir nada menos do que o melhor crack dos Estados Unidos. Então começam seus problemas que não existiam antes. Surge freguesia inusitada e ávida pela substância ilícita de alta qualidade, perigo de ser preso a qualquer instante (inclusive, um de seus melhores amigos é seu cunhado, que trabalha pra polícia no combate a entorpecentes, e começa a investigar os resquícios de um suposto novo traficante local que surgiu) e o pior de todos os problemas: a concorrência, que fica louca para eliminar o produtor desta mais nova novidade da cidade. Devido a locação se dar numa cidade de interior no Estado do Novo México (E.U.A.), a fotografia tem um ar especial, bucólico, digno da linda região geográfica do local, que é embalada com muito blues como trilha sonora.
Com trama iniciada em janeiro de 2008 e findada em setembro de 2013, o seriado durou exatas cinco temporadas, foi exibido pelo canal pago AXN e no Brasil pelo canal aberto Rede Record.
Longe de ser um seriado policial sobre drogas, Breaking Bad é um ótimo drama que levanta questões morais dentro de dilemas bem escritos e indicados para amantes de roteiros intrigantes.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Novos Scketches

           Por motivos de agenda do desenhista Marcelo Ribeiro, tive de passar o roteiro de minha nova HQ, que está em fase de produção, para o desenhista Cesar Edgar. Abaixo divulgo os primeiros scketches produzidos para esta história em quadrinho de final surpreendente.




terça-feira, 21 de janeiro de 2014

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Entrevista com Clemente Nascimento (Guitarrista/Vocalista das Bandas Inocentes e Plebe Rude)

Não é segredo que sou fã da banda Inocentes. Em meados do ano 2013, eles fizeram o primeiro show na cidade de Manaus, mais precisamente no Hey You Festival. A apresentação foi divina com clássicos preenchendo o set list e ilustrando toda a carreira da banda, para felicidade de quem estava presente. Em meu contato com a banda, levei minha coleção pra ser autografada, comprei discos e deixei presentes para Clemente Nascimento (guitarrista/vocalista que também compõe a Plebe Rude e dispensa maiores apresentações). Provando a fama de pessoa acessível e humilde, Clemente cedeu a entrevista abaixo, exclusiva para o blog Orestes, que posto com muita honra e orgulho.


Orestes: Como você se sente sabendo que já faz parte da história da música, mais precisamente do punk rock brasileiro?
Clemente Nascimento: Cara eu me sinto velho. Rsrsrsrs! Brincadeira. É bacana saber que apesar de não ter ganhado dinheiro, consegui influenciar muita gente e fazer um trabalho consistente que perdure e que realmente faça parte da história.

O.: No documentário “Punks” de 1983, você fez uma breve atuação como um desempregado que é rejeitado por um empresário com cabeça de porco. Existe algum outro projeto futuro para você explorar mais essa vertente?
C.N.: Só um detalhe, aquele empresário com cabeça de porco, era o João Gordo. Hahahaha! Cara, fiz a produção do documentário “Botinada”, dirigido pelo Gastão Moreira, agora estou me preparando para apresentar um novo doc, “A História do Rock Brasileiro”. Vai ser bem bacana.

Orestes (segurando orgulhosamente um LP autografado) com Monika Cardozo
(da banda manauara Os Acossados) e os carismáticos Inocentes.
O.: Sabendo que suas letras influenciam a vida, personalidade e caráter de dezenas de jovens, existe alguma precaução na hora de escrevê-las?
C.N.: Na verdade eu não penso nisso quando escrevo, aliás nunca esperei que minhas músicas chegassem a esse patamar. Na verdade, sempre me preocupo com a poesia e com o assunto a ser tratado. O resultado sobre as pessoas, não entra em pauta quando se está escrevendo.

O.: Visto que o Inocentes já gravou baladas, faixas acústicas, blues e canções que flertam com vários outros estilos musicais, como vocês conseguem manter esse ecletismo sem perder o respeito dos fãs e a identidade no legado?
C.N.: Acho que o importante é sempre passar pelas baladas e faixas acústicas com letras consistentes e canções que se justifiquem. O cara pode até não gostar, mas não consegue falar que é ruim. Rsrsrsrs! Acho que isso é que é realmente importante.

O.: Nesses anos todos, qual a situação mais bizarra que você já viveu em sua carreira?
C.N.: Ah! Várias. Teve uma vez, na década de 80, um show que tinha Erva Doce, Kiss cover, um Desfile de Modas e o Inocentes. Foi a coisa mais bizarra que já vi. Rsrsrs! Ou quando tocamos na Pizzaria Bin Bin, em algum lugar no interior de São Paulo, ou num show no interior do Rio, onde não tinham amplificadores no palco. Tivemos que ligar tudo em linha, o som ficou horripilante. Hahahahaha!

O.: Qual trabalho do Inocentes você tem como a obra prima da banda?
C.N.: Com certeza o Adeus Carne é o que eu mais gosto, mas o novo Sob Controle é um disco muito bom.

O.: Qual seu disco, filme e livro de cabeceira?
C.N.: Caraca! Tudo isso? Um disco só? O primeiro do Stooges, The Stooges. Filme “O Pequeno Grande Homem”. Livro “A Guerra do Fim do Mundo” de Mario Vargas Lhosa. Mas isso é hoje. Amanhã posso falar outro disco, outro filme e outro livro, pois a vida não se resume em um exemplar de cada, né? Rsrsrsrs!

O.: Já tem alguns anos que você segue como front man dos Inocentes e guitarrista da Plebe Rude, além de outros trabalhos, não menos significativos, no ramo artístico. Como você consegue sincronizar sua agenda com composições, shows, ensaios e produções diversas?
C.N.: Não consigo. Hahahahaha! É que infelizmente nenhuma das bandas toma todo o meu tempo e por isso consigo fazer isso. Estou pra lançar o single do Jack & Fancy, meu duo com a Sandra Coutinho das Mercenárias.

O.: Quais as metas futuras para ambas as bandas (Inocentes e Plebe Rude)?
C.N.: Lançar os respectivos discos e cervejas. Tocar e beber. Hahahaha! O do Inocentes se chama Sob Controle e sai agora em janeiro e o da Plebe deve sair em maio.

O.: Deixe seus contatos para shows e um recado para os leitores desse blog.
C.N.: Bem, o Inocentes é com o Cacá Prates, cacaprates@live.com e a Plebe Rude é com a Monika Cavalera http://base2producoes.com.br
Para os leitores do blog, ouçam o novo disco do Inocentes com moderação. É viciante. Rsrsrs! http://www.deezer.com/album/7233704 Abs! 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Porque Não Sou Artista

Um dia desses um conhecido me perguntou porque que eu nego tanto o título de artista, apesar de produzir arte em minhas horas vagas. Esta é uma pergunta que, vez ou outra, estou respondendo e agora torno a resposta pública, com o intuito de minimizar as vezes que terei de me submeter a este desagradável.
Existe um determinado sebo na cidade de Manaus que foi montado por um famoso teatrólogo e ator. Mantenho uma certa amizade com o proprietário, mas é triste que em todo encontro com o tal, há demonstração de arrogância e pré potência de sua parte, até mesmo para seus conhecidos e clientes de seu comércio. O recinto é freqüentado por pessoas que se deixam vitimar dos comentários arrogantes, por vezes humilhantes, numa passividade submissa pelo simples fato do proprietário ser famoso, já ter lançado livros, ser referência nisso e naquilo. Como se qualquer tipo de contestação fosse algo incabível devido ao nome do artista. E aqueles que o enfrentam, são motivos de chacotas pelos admiradores do teatrólogo ator.
Um certo músico de uma banda local underground, promove constantemente eventos góticos com apresentações ao vivo que já alcançaram alguma tradição notívaga. Num desses eventos, fui chamado (eu e minha namorada) pelo DJ contratado, para prestigiarmos os shows. Fomos na tranqüilidade, da garantia dada pelo amigo DJ, que nossos nomes contavam na portaria como convidados. Como o amigo não estava presente por motivos de saúde, acabamos sendo barrados na entrada, por pura ambição deste músico promoter, que deixou claro não haver entrada gratuita para convidados. Até mesmo pessoas que ganharam convites, através de sorteio em webradio, tiveram suas entradas barradas por este cover aidético do Robert Smith. Eu e minha namorada, também estávamos acompanhados de um casal amigo, até tínhamos dinheiro para pagarmos nossas entradas e consumirmos bastante no recinto, mas devido ao inconveniente, optamos por outra programação.
O Clube dos Quadrinheiros de Manaus está sendo dirigido atualmente por um ótimo desenhista que cresceu os olhos, frente ao fato da organização estar com CNPJ e desfrutar de uma inegável fama no cenário artístico. Sendo que este virou um déspota, impondo suas vontades com argumentos inquestionáveis e incompetência visível, inclusive no tratamento com os próprios colegas, que vivem a mercê de seus deboches, comentários machistas e destrato explícito. Neste clima indigno, muitos já se afastaram do Clube, fechando assim o objetivo do ditador que quer manter com ele somente os puxa saco e aqueles que teem parcerias em interesses obscuros (mais detalhes serão delatados num futuro breve).
Uma dita revista independente de poesia e cultura underground, tem um editor chefe e escritor (que se vê como vanguardista, somente por ter seus textos boêmios, cheios de drogas e palavrões. Como se Bukowski não existisse) que por algum tempo me cobrou um escrito para publicação. Como a cobrança foi constante, acabei por satisfazê-lo produzindo um escrito de encomenda para a revista. Por descuido não fiz back up. Passei a encomenda para este editor escritor, com o alerta de que o escrito não poderia sair em partes (ele era um tanto extenso) que por sua natureza, perderia o sentido, caso fosse publicado em separado. Minha surpresa foi colérica em ver que este meu escrito foi publicado somente em sua metade, justamente perdendo seu sentido. O editor escritor se desculpou e me prometeu publicar novamente o texto na íntegra, numa próxima edição. Algo que nunca aconteceu em anos.
Reparem que citei exemplos da área do teatro, da literatura, da arte plástica e da música. Em suma, este é o cenário artístico local. Formado por pessoas mesquinhas, segregacionistas, reacionárias, falsas e que ostentam o rótulo de “artista” usurpando o glamour e todas os privilégios que por ventura possam aproveitar. Por incrível que possa parecer, essa espécie já tomou as classes artísticas, formam suas panelas e dividem seus interesses somente com o que e com quem lhes convêm.
Como posso ter interesse em fazer parte deste meio? Não desejo mudar o mundo enfrentando cada um desses personagens medonhos, que dominam com suas políticas e politicagens. Ao contrário, sinto necessidade de manter-me afastado e muito bem diferenciado da corja.
Espero que ninguém vista a carapuça, pois nesta crônica não me permito revolucionar e nem provocar, apenas só me resta o desabafo e a justificativa de meu nojo assumido para os “artistas” e suas “artes”.