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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Entrevista com Clemente Nascimento (Guitarrista/Vocalista das Bandas Inocentes e Plebe Rude)

Não é segredo que sou fã da banda Inocentes. Em meados do ano 2013, eles fizeram o primeiro show na cidade de Manaus, mais precisamente no Hey You Festival. A apresentação foi divina com clássicos preenchendo o set list e ilustrando toda a carreira da banda, para felicidade de quem estava presente. Em meu contato com a banda, levei minha coleção pra ser autografada, comprei discos e deixei presentes para Clemente Nascimento (guitarrista/vocalista que também compõe a Plebe Rude e dispensa maiores apresentações). Provando a fama de pessoa acessível e humilde, Clemente cedeu a entrevista abaixo, exclusiva para o blog Orestes, que posto com muita honra e orgulho.


Orestes: Como você se sente sabendo que já faz parte da história da música, mais precisamente do punk rock brasileiro?
Clemente Nascimento: Cara eu me sinto velho. Rsrsrsrs! Brincadeira. É bacana saber que apesar de não ter ganhado dinheiro, consegui influenciar muita gente e fazer um trabalho consistente que perdure e que realmente faça parte da história.

O.: No documentário “Punks” de 1983, você fez uma breve atuação como um desempregado que é rejeitado por um empresário com cabeça de porco. Existe algum outro projeto futuro para você explorar mais essa vertente?
C.N.: Só um detalhe, aquele empresário com cabeça de porco, era o João Gordo. Hahahaha! Cara, fiz a produção do documentário “Botinada”, dirigido pelo Gastão Moreira, agora estou me preparando para apresentar um novo doc, “A História do Rock Brasileiro”. Vai ser bem bacana.

Orestes (segurando orgulhosamente um LP autografado) com Monika Cardozo
(da banda manauara Os Acossados) e os carismáticos Inocentes.
O.: Sabendo que suas letras influenciam a vida, personalidade e caráter de dezenas de jovens, existe alguma precaução na hora de escrevê-las?
C.N.: Na verdade eu não penso nisso quando escrevo, aliás nunca esperei que minhas músicas chegassem a esse patamar. Na verdade, sempre me preocupo com a poesia e com o assunto a ser tratado. O resultado sobre as pessoas, não entra em pauta quando se está escrevendo.

O.: Visto que o Inocentes já gravou baladas, faixas acústicas, blues e canções que flertam com vários outros estilos musicais, como vocês conseguem manter esse ecletismo sem perder o respeito dos fãs e a identidade no legado?
C.N.: Acho que o importante é sempre passar pelas baladas e faixas acústicas com letras consistentes e canções que se justifiquem. O cara pode até não gostar, mas não consegue falar que é ruim. Rsrsrsrs! Acho que isso é que é realmente importante.

O.: Nesses anos todos, qual a situação mais bizarra que você já viveu em sua carreira?
C.N.: Ah! Várias. Teve uma vez, na década de 80, um show que tinha Erva Doce, Kiss cover, um Desfile de Modas e o Inocentes. Foi a coisa mais bizarra que já vi. Rsrsrs! Ou quando tocamos na Pizzaria Bin Bin, em algum lugar no interior de São Paulo, ou num show no interior do Rio, onde não tinham amplificadores no palco. Tivemos que ligar tudo em linha, o som ficou horripilante. Hahahahaha!

O.: Qual trabalho do Inocentes você tem como a obra prima da banda?
C.N.: Com certeza o Adeus Carne é o que eu mais gosto, mas o novo Sob Controle é um disco muito bom.

O.: Qual seu disco, filme e livro de cabeceira?
C.N.: Caraca! Tudo isso? Um disco só? O primeiro do Stooges, The Stooges. Filme “O Pequeno Grande Homem”. Livro “A Guerra do Fim do Mundo” de Mario Vargas Lhosa. Mas isso é hoje. Amanhã posso falar outro disco, outro filme e outro livro, pois a vida não se resume em um exemplar de cada, né? Rsrsrsrs!

O.: Já tem alguns anos que você segue como front man dos Inocentes e guitarrista da Plebe Rude, além de outros trabalhos, não menos significativos, no ramo artístico. Como você consegue sincronizar sua agenda com composições, shows, ensaios e produções diversas?
C.N.: Não consigo. Hahahahaha! É que infelizmente nenhuma das bandas toma todo o meu tempo e por isso consigo fazer isso. Estou pra lançar o single do Jack & Fancy, meu duo com a Sandra Coutinho das Mercenárias.

O.: Quais as metas futuras para ambas as bandas (Inocentes e Plebe Rude)?
C.N.: Lançar os respectivos discos e cervejas. Tocar e beber. Hahahaha! O do Inocentes se chama Sob Controle e sai agora em janeiro e o da Plebe deve sair em maio.

O.: Deixe seus contatos para shows e um recado para os leitores desse blog.
C.N.: Bem, o Inocentes é com o Cacá Prates, cacaprates@live.com e a Plebe Rude é com a Monika Cavalera http://base2producoes.com.br
Para os leitores do blog, ouçam o novo disco do Inocentes com moderação. É viciante. Rsrsrs! http://www.deezer.com/album/7233704 Abs! 

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