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domingo, 16 de abril de 2017

Interstellar

Um fator otimista para melhora da indústria cinematográfica, sem dúvida nenhuma, é a evolução dos softwares gráficos. Hoje em dia, pode-se fazer surgir nas telas a imagem de algo inexistente, com um realismo convincente que, até algumas poucas décadas atrás, seria hilário. Com toda tecnologia e fantasia para se explorar, a super produção “Interstellar”, dirigida por Cristopher Nolan (que também assina produção e roteiro) e lançada no ano de 2014, não se prende a isto, mesmo o filme sendo contemplado com o Oscar de Efeitos Visuais, e fazendo uso de um roteiro super elaborado para apresentar uma obra imperativa, emocionante, realista e supreendente.
Um dos posters da obra prima da sétima arte dirigida por
Cristopher Nolan
O personagem principal, interpretado por Matthew McConaughey, norteia o enredo que expõe um planeta Terra de recursos naturais escassos e necessitando perpetuar a espécie humana em outros astros capazes de suportar a continuidade da vida. A missão é de um grande dilema filosófico, por ter a possibilidade de não oferecer retorno para o astronauta, cativo no amor paternal. Paralelamente, antes de sua partida, Cooper (McConaughey) acredita que há um cômodo de sua residência que seja mal assombrado, por conter fatos inexplicáveis que mais parecem tentativas de comunicação paranormal. O que Cooper não imagina é que estes fatos inexplicáveis, seriam ele mesmo tentando comunicação, após cair num lapso de espaço/tempo na sua missão extraterrestre. A dialética do espaço/tempo é crucial para a interpretação de todo o drama que parece incoerente, mas se auto explica, justamente neste viés, de maneira surpreendente e emocionante.

Com o spoiler dado confirmado, pode-se concluir que a evolução dos softwares cinematográficos realistas não é suficiente para a produção efetiva de um excelente filme, mas sim, que isto somado a outros fatores técnicos equivalentemente evoluídos (elenco, fotografia, roteiro, som etc.), pode sim, gerar verdadeiras obras primas da sétima arte. “Interstellar” é a prova concreta disto.
Não deixe de assistir!

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