Gozou a liberdade e o
prazer que em sete anos de enclausuramento com um boneco não teve.
Acessou conhecimento
e cultura que antes admirava ao longe sem pensar em fazer parte disso.
Usufruiu um
companheirismo de confiança inquestionável comparável a laços sanguíneos.
Apercebeu que não precisaria
retribuir nada disso no simplismo que bastava aceitar.
Enxergou somente o
grande tangível presente a seu redor em seu lar e nunca viu o exato valor do
imensurável que havia mudado sua vida.
Cansou de tudo isso e
passou a enjoar de sua fonte praticando meras exclusões no começo e desprezo
total no final.
Deletou de vez aquele
fraterno por ter um outro foco imaginado como seu mais novo interesse.
Gamou na inconsciente
esperança de que este seria o elemento a lhe dar outro do tudo que acabara de
viver.
Sofre agora um
similar do que criou em seu egoísmo material e anti empático naquele que
outrora lhe amou.
Chora e amarga o fel
desta mentecapta criação que busca escape em porres e nicotinas.
Serve machistamente
agora como depósito de esperma de quem a despreza e ri de sua decadência
existencialista.
Digere a sua dor na
certeza que um dia ela passará diferente de seu atinar que nunca despertará por
sua natureza material.
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