Com vários anos de experiência e muito carisma
conseguido com este tempo, principalmente nos bairros da periferia da cidade de
Manaus, a banda de thrash/heavy metal
Brutal Exuberância mostra neste seu CD debut
intitulado “Território Perdido”,
lançado no ano de 2011, que seu legado já se faz histórico com conseqüências
notáveis e significantes em seus arranjos e produções.
Arte gráfica do CD feita pelo contrabaixista Afrânio Pires, que também é tatuador e artista plástico. |
A “bolachinha” abre com uma sinistra introdução que
reflete muito bem o clima caótico da música que emenda em seguida. “Apocalipto” vem com uma cadência
rápida, quase extrema, que até mostra indícios de hard core e convida qualquer um que goste de música pesada a, no
mínimo, bater a mão acompanhando a bateria. Depois do segundo refrão há uma quebrada com diminuição no
ritmo, típica do estilo, para um estrofe
retornando à pancadaria, após um certo destaque com dois bumbos e encerra com
um solo arrasador. A segunda “Alcoholic
Domination”, é a única cantada em inglês do disco. Uma porrada que
infelizmente só possui 25 segundos de duração. Em terceira posição está aquela
que nomeia o álbum. “Território Perdido”
abre com um grande riff que conduz ao
aceleramento para entrada da voz. As palhetadas
na segunda parte da canção são o grande destaque e casam muito bem com os
vocais de Naldão. “Metal, Essa É Minha Vida” é a próxima
faixa que demonstra toda a influência das bandas dos anos 80 e como isto é levado
de um modo bastante sadio, no tocante à diversão. Em seguida está “Zona Leste Town” que afirma o carisma
da banda, citado no início deste texto, para com seu local de origem. Atenção
para seu solo de guitarra. Na penúltima posição está a divertidíssima “Morro de Fome Mas Não Trabalho”.
Infelizmente com apenas 1 minuto e 27 segundos de duração. Bem que o grupo
poderia pensar em estender um pouco mais essas pérolas. Pra fechar o disco com
chave de ouro, vem a ótima “Futuro
Incerto”. Certamente que se trata da faixa mais trabalhada, com melhor
letra, melhor levada, melhor solo de guitarra (apesar de curto, está dividido em duas partes, sendo a segunda o
desfecho da música) e com influências inegáveis do magnífico Dorsal Atlântica.
A excelente arte gráfica traz fotos, letras,
agradecimentos, créditos e tudo que se espera de um álbum de metal. Em suma, “Território Perdido” é um excelente registro da Brutal Exuberância, que se torna obrigatório para quem gosta do
estilo e deseja possuir um grande CD
em sua coleção.
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