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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Brutal Instinct Of Retalliation

Mortificy é uma banda manauara de extreme metal, formada no ano de 2000, que impressiona pela velocidade, principalmente do baterista Robson Mariano, elogiado inclusive pelos músicos da banda Krisiun (banda de extreme metal que consta no Guiness Book como a mais rápida do mundo).  Nos primórdios, o grupo contava com uma bateria eletrônica sampleada para fazer o acompanhamento, pois até então, nenhum baterista tinha conseguido acompanhar a sincronia.  Até que se encontrou Robson e tudo mudou.  O grupo chegou a gravar algumas músicas para coletâneas européias, fazer alguns shows fora de Manaus (inclusive no sudeste do país) que tiveram ótima repercussão.  No ano de 2003 gravam o CD demo chamado “Brutal Instinct of Retalliation”.  Deste debut que falaremos aqui agora.
O disco abre com as batidas cadenciadas de “Desolation Of The Religion”, que imediatamente entra na pancadaria death que marca toda a bolacha.  O refrão da música é bem marcante e certamente é a escolha certa para abertura de um CD.  A segunda faixa é “Behold To Desecration” que já começa com porrada.  Os vocais guturais e rasgados, principal (de Marcelo Silva) e backing (de Ícaro Freitas, na época), respectivamente, se mostram com grande potência.  Em sua metade a música sofre uma quebrada, descansando os headbangers, pra voltar em sua parte rápida posteriormente.  A terceira faixa é homônima à demo e tem este nome como única frase dita na letra, repetindo-se algumas vezes.  Nesta, se destaca a guitarra de Daniel Silva que exerce grande velocidade, tanto nos riffs da estrutura musical quanto no solo.  Na sequência vem a faixa “Slaves Of Faith” fortalecendo a grande crítica às religiões e seus dirigentes mentecaptos.  A música em si tem um tempo muito complexo e passa a compreensão do porque não é qualquer um que consegue acompanhar o ritmo.  Pra fechar a demo vem “The Glorious Dead” que é uma cover da banda holandesa de death metal Gorefest.  A versão é bem fiel à original e certamente deixou os criadores com orgulho.  Até a parte “lenta” no meio da canção é cativante como a dos holandeses.
Na geral, o disco poderia ser um pouco mais trabalhado na mixagem e nos vocais.  Também a parte gráfica, mas estamos falando de um trabalho demo, então a qualidade já está bastante apresentável e sem dúvidas que é um bom cartão de apresentação que mostra a qualidade invejável do extreme metal que é feito, aqui no norte do país também.  O grupo ficou um bom tempo no hiato, mas retornou recentemente com novo baixista e com gás total nos shows.  Aguardem o CD oficial de estréia da Mortificy ainda pra esse ano de 2011.

2 comentários:

  1. Fiquei muito feliz de ver essa resenha Mário, valeu!

    Daniel Silva

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  2. Muito foda esse post! Mortificy realmente é muito foda.
    Muito bom seu blog cara! Muito bom mesmo!

    Abraço.

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