A psicopatia era um resquício na psicologia da arte central do Front Zine feita por Fábio Prestes. Ver a reação das pessoas era sempre muito divertido, ainda mais por saberem tratar-se de uma página de um jornal. Logo, toda a cidade via nosso trabalho doentio semanalmente.
Nesta edição de n° 12 eu cometi um erro crucial devido à pressa na criação. Os 20 anos da banda The Cramps, me foram escritos como apenas 10. A prova de que a falta de atenção pode destruir o mais simples dos trabalhos. Abaixo segue a reprodução, já com a devida correção, do texto.
OS 20 ANOS DE CRAMPS
São Francisco, 1976. Misturando surf music e rock pesado, os Cramps criam o estilo mais demente, excitante e divertido de som, o psychobilly, inspirados nas HQs de terror dos anos 60 e pelo trash movie. As letras tratam de lobisomens, sado masoquismo e serial killers verídicos com o maior bom humor possível. No público, 80% das mulheres de preto com peças transparentes e decotadas, pintadas com forte maquiagem. No palco o casal Lux Interior e Poison Ivy arrastam-se pelo chão, molham tudo e todos com vinho vagabundo e quebram microfones e pedestais. O clima é de uma grande “suruba musical”. Todos estão gritando e pulando como pipoca. Aqui resta-nos o consolo das importadoras, pois em vinte anos de banda e mais de dez discos na estrada, somente dois chegaram aqui: Look Moon, No Head e Flamejob.
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