Sol
escaldante no céu
De
horizonte a horizonte alcançando do seu véu
Esquentando
o chapéu
No
começo da manhã já atormenta ao léu
Calando
o réu
Termina
ao chegar da noite para alívio escarcéu.
Repete
ao amanhecer
Faz
indesejado a todos cada novo alvorecer
Se
intensifica no entardecer
Transforma
a mais sublime natureza um perecer
Com
suor a escorrer
Torna
como maior desejo a vinda do anoitecer.
A
preguiça atiça
Qualquer
coisa vira uma tenebrosa mortiça
Sombra
é postiça
Água
quente não mata a sede em justiça
Torra
a cortiça
Na
pele chega o câncer constatado na tiriça.
Puxa
a morte
Seca
o úmido acabando com toda sorte
A
luz é um corte
Cegando
os óculos preto que seria suporte
Impiedoso
e forte
Aeróbico
e contínuo como um cruel esporte.
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