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sábado, 21 de outubro de 2017

The Martian

Dentre os maiores medos dos seres humanos estão a solidão e o esquecimento pelos semelhantes. Estes dois, elevados ao nível desesperador, são explorados com maestria pelo ótimo diretor Ridley Scott, que também assume a produção, da película hollywoodianaThe Martian”, que no Brasil recebeu a tradução, de “Esquecido em Marte”. Mesmo intercalando a onipresença bucólica do planeta em questão, até por exigência do roteiro, com cenas da Estação Espacial Internacional e da Terra, mostrando os esforços da Nasa, o maior drama do personagem principal vivido excelentemente por Matt Damon, consegue ser agonizante, prendendo o telespectador nesta ótima ficção científica levada às telonas no ano de 2015.
Poster da obra de Ridley Scott que passa bonita lição de vida
Mark Watney é o astronauta especializado em botânica, componente da equipe de cientistas que tem como missão, promover os primeiros avanços de colonização do dito “planeta vermelho”. Já com algumas bases de apoio concebidas em estruturas construídas alí, o grupo está numa exploração rotineira quando é surpreendido por uma forte tempestade de areia, que acaba fulminando na separação de Watney do grupo. Sem ter como resgatar o botânico, este é deixado pela equipe, dado com morto e congratulado como mártir por todos. Ferido, mas vivo, Watney se vê na inquestionável hipótese de sobrevivência solitária. Recorrendo aos seus vastos conhecimentos botânicos, consegue fazer brotar uma horta exclusiva de batatas, o que é o suficiente para lhe saciar a fome. Também é com extrema criatividade que consegue produzir água potável no ambiente artificial que se encontra. Uma vez com estes dois preceitos básicos saneados, está apto para manter-se vivo e avança para etapa, não menos crucial, de tentar contato. Alguns acidentes, acabam por suceder em sua aventura, colocando em sério risco sua vida, mas com todo inesperado, a capacidade de superação sempre vigora, garantindo-lhe a respiração. A agonia é notável, porque além da solidão delirante do personagem principal, há a onipresença do perigo que se torna um inimigo invisível e letal, que tenta se manifestar de várias formas, levando o astronauta e estar constantemente pensando e repensando seus métodos com cálculos, estratégias e análises que nem sempre funcionam, mas vigoram na insistência pela vida.
O belo longa metragem de 141 minutos “The Martian” impressiona em sua capacidade de provar a maior característica da raça humana, a de adaptar-se nas mais hostis situações para a sobrevivência da espécie, mesmo que para isso seja preciso a exploração máxima da inteligência, da sagacidade e principalmente da criatividade. Grande filme que passa uma linda lição.

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