Dentre
os maiores medos dos seres humanos estão a solidão e o esquecimento
pelos semelhantes. Estes dois, elevados ao nível desesperador, são
explorados com maestria pelo ótimo
diretor Ridley Scott,
que também assume a produção,
da película
hollywoodiana
“The Martian”,
que no Brasil recebeu a
tradução, de “Esquecido
em Marte”. Mesmo
intercalando a onipresença bucólica do planeta em questão, até
por exigência do roteiro, com cenas da Estação
Espacial Internacional e da
Terra,
mostrando os esforços da Nasa,
o maior drama do personagem principal vivido excelentemente por Matt
Damon, consegue ser
agonizante, prendendo o telespectador nesta ótima ficção
científica levada às
telonas no ano de 2015.
Poster da obra de Ridley Scott que passa bonita lição de vida |
Mark
Watney é
o astronauta especializado em botânica, componente da equipe de
cientistas que tem como missão, promover os primeiros avanços de
colonização do dito “planeta vermelho”. Já com algumas bases
de apoio concebidas em estruturas construídas alí, o grupo está
numa exploração rotineira quando é surpreendido
por uma forte tempestade de areia, que acaba fulminando na separação
de Watney do
grupo. Sem
ter como resgatar o botânico, este é deixado pela equipe, dado
com morto e congratulado como
mártir por todos. Ferido, mas vivo, Watney
se vê na inquestionável
hipótese de sobrevivência solitária. Recorrendo
aos seus vastos conhecimentos botânicos, consegue fazer brotar uma
horta exclusiva de batatas, o que é o suficiente para lhe saciar a
fome. Também é com extrema
criatividade que consegue produzir água potável no ambiente
artificial que se encontra. Uma vez com estes dois preceitos básicos
saneados, está apto para manter-se vivo e avança para etapa, não
menos crucial, de tentar contato. Alguns
acidentes, acabam por suceder em sua aventura, colocando em sério
risco sua vida, mas com todo inesperado, a capacidade de superação
sempre vigora, garantindo-lhe a respiração. A
agonia é notável,
porque além da solidão delirante do personagem principal, há a
onipresença do perigo que se torna um inimigo invisível e letal,
que tenta se manifestar de
várias formas, levando o astronauta e estar constantemente pensando
e repensando seus métodos com cálculos, estratégias e análises
que nem sempre funcionam, mas vigoram
na insistência
pela vida.
O
belo
longa metragem de 141 minutos
“The Martian”
impressiona em sua capacidade de provar a maior característica da
raça humana, a de adaptar-se nas mais hostis situações para a
sobrevivência da espécie,
mesmo que para isso seja preciso a exploração máxima da
inteligência, da sagacidade e principalmente da criatividade. Grande
filme que passa uma linda lição.
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