No mundo informatizado de hoje, é
imprescindível o acesso a internet. Seja para fins profissionais, acadêmicos,
especulativos, comunicativos ou meramente de lazer, um computador conectado à
rede mundial se faz útil e crucial para se alcançar qualquer objetivo pelo
usuário. Dentre os meios mais populares de acesso, estão justamente as redes
sociais. Estas abrigam a conectividade entre pessoas amigas, desconhecidas,
celebridades, comunidades, instituições, poder público e organizações diversas.
Muito difícil encontrar alguém que não esteja ligado a algum tipo de rede
social, com exceção da zona rural. Há aqueles que são viciados a elas e ainda
outros que criam perfil em todas as redes existentes, sempre aguardando a
próxima surgir. Contudo, este que vos escreve não está vinculado a mais popular
de todas, o Facebook, e devido a
isso, bullying e exclusões surgem constantemente
como consequências inevitáveis.
Com toda a sinceridade, tenho evitado
os textos na primeira pessoa, mas, repetidamente, estes se fazem necessários,
devido a eterna cobrança deste “padrão social” imposto pela coletividade do
qual eu insisto em fugir.
Algumas pessoas se doem quando digo
que o sucesso do Facebook está no
simples fato dele ser a “rede social do momento”, o que equivale, a “rede
social da moda” e terá de manter este reinado pelo tempo que for necessário. Algumas
pessoas que estão ganhando muito dinheiro com isso, tratarão disso. It is a show business.
Vejamos os fatos históricos dentro do
mundo virtual. Há alguns anos atrás, todos tinham conta no, recém finado, Orkut. Amigos desaparecidos, parentes
distantes e todo um aglomerado virtual passou a se encontrar e reencontrar com
fotos posadas, descrições exageradas e compartilhamentos diversos. Mesmo eu,
cheguei a abrir uma conta, com o simples intuito de falar com algumas pessoas
que eu não falava há décadas. Não precisava dizer que me arrependi bastante. Nada
a ver com os grandes amigos e parentes que encontrei. Os problemas não
demorariam a aparecer. Choveram vírus, spams,
hackers se passando por mim e outros
similares virtuais, de modo que tive de formatar meu computador. Chegaram a
aparecer alguns crentes evangélicos me enchendo o saco. Acabei por encerrar a
conta com alguns meses dela aberta.
Eis que surgiu o Facebook. Num período curto de tempo, todos passaram a migrar para
esta nova rede, pois ela oferecia mais recursos, era mais bonitinha e estava no
falatório cibernético daquele momento.
Pode até demorar, mas é uma questão de tempo pra surgir outra rede social com mais recursos, layout diferente etc. Então esta outra que surgir, será a nova rede “social do momento” e novamente haverá uma migração de rede.
Como era praxe atuar em grupos de
trabalho voluntário, há alguns anos atrás, houve um período em minha vida que
cheguei a atuar em cinco grupos voluntários distintos. Dentre estes, dois coordenadores
(que não me convém citar nomes, mas sem
precisar de uma busca muito demorada, se encontrará facilmente algumas coisas online
que não são atualizadas há tempos e certamente podem ser tiradas do ar ou
maquiadas como atualização, depois de publicada esta postagem que você está
lendo) de dois grupos diferentes, montaram em suas gestões de trabalho, a
base virtual da comunicação do grupo, justamente o Facebook.
Até aí, tudo bem!
O tumor apareceu na aplicação de uma
decisão radical que viria a abandonar outras ferramentas de comunicação virtual.
As mais importantes, pode-se dizer que, são o e-mail e o blog. Não me
adentrarei na importância destes, até porque estamos num país que é programado para
manter um certo percentual de pobreza e miséria, logicamente, com atuação de
nomes espectrais, parentes daqueles, já citados senhores, que ganham muito
dinheiro em cima disso.
Implantou-se canalização de
interesses, através de exclusividade para divulgação, desde simples mensagens
até documentos inteiros para execução de trabalhos.
Cheguei a escutar de coordenador, que
eu tinha a obrigação de abrir uma conta para poder me comunicar com o grupo e
ficar a par de tudo mais que eles estariam tratando naquela devida rede social.
Que eu tinha que me “atualizar”.
Em anos de trabalho nestes meios,
sempre fico conectado, quando possível. Sempre tive uma vida virtual muito
ativa, ainda mais quando me começou a surgir uma demanda de trabalho virtual. Estou
em contato com dezenas de pessoas de vários lugares, sempre estou atualizado
com as mais recentes notícias, até ao básico clássico que devemos estudar no
decorrer de nossa vida. Nunca precisei estar ligado ao Facebook pra isso. Em vários momentos, cheguei a levar a muitos,
algum tipo de informação, antes mesmo que ela fosse divulgada na medíocre rede.
Até hoje ainda tem gente que se
impressiona ao saber que eu não tenho uma conta no Facebook. E perguntam, meio que surpreendidos, o porquê.
A incompetência gerencial dos exemplos
narrados acima, não são apenas as únicas mazelas da rede social em questão, mas
também o surgimento daquelas mesmas pragas virtuais que abundavam no Orkut e também com a proliferação de
outras mais recentes.
Sem o controle demográfico, aumentam
os casos de haters que atuam
fomentando o ódio e a intolerância. Formadores de opiniões são estrategicamente
implantados para ministrarem a proliferação da violência.
No Oriente Médio, crescem os recrutamentos
de soldados radicais prontos para morrerem amarrados a bombas e prontos para
degolarem qualquer um estrangeiro que possa ser usado como refém. Já foi
divulgado que estes recrutamentos alcançam grande sucesso em redes sociais.
Outra problemática social que
percebe-se de imediato, é a discórdia com as tão constantes e desnecessárias
discussões por comentários. Se alguém postar um simples “não gostei” como comentário. Pode se desencadear uma série de
contra respostas infindáveis que, em muitos casos, gera brigas físicas e
rupturas de relacionamentos.
Lógico que entram outros fatores
pessoais, mas sem tender a nenhum cunho religioso, não deveríamos buscar a prática
do amor incondicional no social, mesmo que em plataformas virtuais?
Algo que vinga no Facebook e que já foi bastante noticiado, é a enorme censura que
monitora a rede. O próprio monitoramento é de uma atuação um tanto orwelliana.
Devido ao fato de sempre gostar muito
de escrever e ter a enorme atuação e vontade de divulgar muita arte gráfica,
acabei por abrir alguns blogs (facilmente encontrados). Como já havia
aberto contas de e-mail e até
gerenciado mailists de grupos pelo G-mail, diretamente já estava conectado
para blogs do Blogspot que também é
vinculado ao Google. Sinceramente
não entendo bem como funciona a relação jurídica entre as marcas, mas procuro
fazer bom usufruto destas ferramentas. Quando se abre uma conta no G-mail, já se ganha automaticamente um perfil
em sua rede social G-plus (maior concorrente do rei Facebook).
Mergulhei no G-plus!
Confesso que não sou de ficar postando
diretamente e apesar de ter mais de trezentas pessoas adicionadas, não adiciono
estranhos, indesejados ou organizacionais. Devido ao expressivo número, cai por
terra o argumento de que “no G-plus não tem ninguém”. Lógico que
se compararmos os números, iremos ver claramente que a quantidade total de
usuários do G-plus, não dá um terço
da quantidade de usuários do Facebook.
Aí talvez esteja o grande diferencial
entre eles.
No G-plus não se vê essas constantes discussões e impropérios nos
comentários. A qualidade dos comentários postados, são de outro nível. Juro que
não lembro de ter visto grandes ofensas ou brigas virtuais prolongadas. Não que
não existam por ali também, mas nada comparado à frequência de discórdias que são bem popular no Facebook. Levemos, mais uma vez, a comparação em proporção entre as
redes. Por isso, costumo dizer que, “se
um dia o G-plus ficar popular e
populoso como o Facebook, eu encerro
a minha conta”. Enfim, me sinto mais a vontade numa plataforma virtual onde
estou com uma certa segurança, por ainda não ter tido nenhuma experiência
desagradável nela e seu conteúdo (no
tocante a postagens), serem bem mais amáveis, sempre lembrando a
proporcionalidade.
Uns meses atrás, pretendia voltar a
atuar em web radio, num programa
exclusivo, visto que eu já atuava como convidado no programa de um determinado
amigo.
No planejamento de meu programa, decidi
que abriria uma conta no Facebook,
pois tinha o intuito de conseguir o máximo de audiência e nem mesmo iria me
aprofundar nos relacionamentos por ali. Paralelamente, também abriria uma conta
no G-plus e iria ministrando ambas
até enquanto conseguisse. Bem o fiz a abrir as tais contas, mas com um detalhe.
O Facebook não permite que se abra
uma fan Page, sem ser através de uma
conta nominal. Resumindo: pra abrir a página do meu programa, eu teria de abrir
uma conta minha. Até tem como conseguir abrir uma diretamente como pessoa
jurídica ou organização qualquer, desde que se contrate um plano pago.
Totalmente a contra gosto, abri minha
conta no Facebook, imediatamente
abrindo a fan Page e já postando o
comentário de que a conta pessoal não seria ativada, por estar ali com o
objetivo exclusivo de movimentar a página do programa. Só esta minha singela
justificativa de inoperância da conta pessoal, fez surgir um bate boca virtual.
Cheguei a ser vítima de indiretas
claramente dirigidas a minha pessoa, comentários sarcásticos e até mesmo
apontado como provável realizador de denúncia difamadora (?). Absurdos à parte,
estava disposto a levar adiante o plano inicial, mesmo com a sensação de um ser
alienígena que não deveria estar naquele meio.
Como foi divulgado, a web radio encerrou suas atividades por
falta de recursos financeiros e tudo que estava planejado em sua grade,
inclusive o meu já tão esperado programa, findou-se. Esta foi a mais indesejável
justificativa que eu esperava ter para não usar mais a conta recém aberta no Facebook.
Tratei logo de usar a opção de “encerrar
conta definitivamente”. E gozei uma deliciosa sensação de alívio ao estar
ciente que não precisaria mais ter um perfil de Facebook.
Definitivamente, espero não estar
criando desavenças e deixo claro o meu respeito pela opção de uso ao Facebook, meu grande carinho por muitos
que usam diariamente e alguns que até são viciados. Porém, imploro o mútuo
respeito de meu natural direito em não querer “fazer parte da boiada”. Agora
quando me surgir novamente a pergunta curiosa do porquê eu não ter uma conta no
Facebook, em vez de gastar horas
explicando ou dando detalhes dos motivos aqui expostos (se dedicasse mais tempo, provável de surgirem mais ainda. Isto daria
uma ótima tese), passarei o link
desta crônica.