Nos confins da Redenção
Num barraco de papelão
Em pleno feriadão
Nasceu o menino João
Mamãe desempregada
Papai fazia nada
Família desesperada
Esperança enterrada
Crescia subnutrido
Um caroço distribuído
Futuro diluído
Nada obtido
Mamãe fugiu com Ricardão
Papai morreu na contra mão
Incendiou o barracão
Do pobre menino João
Foi parar no Juizado
Nem era batizado
O abrigo foi negado
Se sentia como gado
Em beira de açude
Conversa que ilude
Tomando atitude
Viu no crime virtude
Pintou doideira
Cheirou poeira
Bateu carteira
Marcou bobeira
Findou algemado
Logo fichado
Beijou cadeado
Presídio trancafiado
Revoltado traçou
Uma fuga tentou
No azar esbarrou
Sua fuga falhou
Começou rebelião
Bala, fogo, rojão
Polícia fez explosão
Matou o pobre João
Porra gostei
ResponderExcluiresse seria o filho do faroeste caboclo . talvez neto kkkkkk fico daora
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