Um dos maiores objetivos das histórias em quadrinhos é o entretenimento, logicamente que a diversão está diretamente implícita neste vetor. Por ventura encontram-se outros teores como informação, contexto sexual, subversão, documentação, educação etc. No caso de Capitão Presença, a diversão é o expoente elevado ao exagero inimaginável. Sendo esta uma HQ a visar um público leitor que, no mínimo, conheça a tão maldita Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha.
Personagem nacional criado pelo carioca Arnaldo Branco (quadrinhista que publica tiras nas revistas Bizz, Tarja Preta, Sexy e no Diário da Manhã de Goiânia), Capitão Presença é um anti herói que sempre surge pra salvas qualquer usuário de maconha com um estoque gratuito, quando a erva está em falta; eis a origem de seu nome. Seu super poder, Além da faculdade de voar, está na habilidade de sempre ter em sua posse uma quantia satisfatória da Cannabis. Habilidade esta que, por ventura, falha, levando todos ao desespero. Vez ou outra, o barbado também sofre embates com “autoridades legais”, devido à “natureza de seu perfil”. Antes da acusação de apologia às drogas, deve-se considerar o direito de liberdade de expressão explorado na arte que apresenta um personagem humorístico criativo, caricato em sua essência e que não prega o uso da droga
Não precisa ser usuário de maconha pra gostar das bem humoradas histórias. Aliás, todo mundo conhece alguém ou algum caso deste meio. O que vale então, é o olhar cômico do leitor para a peculiaridade em si. Mesmo sem considerar a polêmica, Capitão Presença é um projeto corajoso, underground, pós-moderno, necessário para a quebra de paradigmas e referência para os quadrinhos alternativos.
Procure ler que á diversão garantida.
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