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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Entrevista Com Adal

José Adalberto da Silva, mais conhecido pelo seu nome artístico “Adal”, é músico, autor, compositor, membro da Sociedade de Autores Compositores e Editores de Música (S.A.C.E.M. – de Paris, na França) e dentro da música popular, praticada em Manaus, este franzino e carismático amazonense, encontra-se no underground, sem interesse na inserção do chamado “jabá” musical e as herméticas “panelas” artísticas.  Nascido na cidade de Coari no ano de 1954, já dividiu palco com dezenas de músicos locais, nacionais e até internacionais.  Com toda sua humildade, Adal prestou gentilmente uma entrevista para o blog Orestes.

Orestes: Desde quando você começou sua carreira e como foi o início de tudo?
Adal: Eu sempre gostei de cantar tocar compor etc., mas a carreira profissional começou no final dos anos 70 quando cheguei na França, época áurea do chapéu. Atacando as noites parisiense, comecei a conquistar o meu espaço e, em 81 entrei na sociedade de autores compositores e editores de música S.A.C.E.M-París, em 83 criei com Jeroen Van Der Klugt a Coary Produções e,  em 84 gravei no Studio Des Dames em París, o meu primeiro trabalho musical, o LP Amazônico, uma produção com os melhores músicos do meio brasileiro da época.
O: “Amazônico” é um álbum de qualidade inegável.  Porque ele não recebe a atenção merecida?
A: O Amazônico foi lançado na Europa em 84, e tivemos uma boa resposta, mais de 120 mil cópias vendidas na primeira edição, em 85 lancei no Brasil, a resposta não foi a mesma, 4 anos prá vender 10 mil cópias. Mas até hoje, principalmente a música Amazônico, ainda toca em algumas rádios e TVs e, foi reeditada 6 vezes por outros artistas.
O: Você já esteve à frente da Ordem dos Músicos na cidade de Manaus.  Como foi atuar na direção de um órgão tão controverso?
A: De volta ao Brasil no começo dos anos 90, assumi a direção geral da Ordem na gestão do presidente Beto Sá, e com ele, fizemos vários projetos, entre eles o Rock Alternativo, o Quinta Musical no Teatro Amazonas e outros, mas infelizmente a instituição já estava falida e desacreditada. Sem poder fazer as mudanças que desejava, tive que abandonar o barco e continuar a minha vida de músico, como também não acreditava na instituição, e como é uma lei federal, consegui um mandato de segurança e ignorar a OMB até hoje.
O: Você sempre defendeu o rock autoral manauara.  O que falta pra fazer algo no estilo?
O carismático músico Adal não se prende a "panelas".
A: Há, sou roqueiro de princípio, e claro, penso fazer um trabalho voltado completamente pro rock, espero a oportunidade. Breve.
O: Qual o grande problema da música popular em Manaus?
A: Eu não vejo problemas na música popular em Manaus, o que eu vejo é a dificuldade dos autores-compositores emplacarem hits, fazer música popular.
O: Porque você passa tanto tempo sem gravar?
A: Há mais de dez anos, eu venho gravando CD’s promocionais e jingles comerciais. Mas claro, estou esperando a oportunidade prá gravar um trabalho completo. Breve.
O: Qual composição você considera sua obra prima?
A: Eu gosto de todas as minhas obras, claro, sempre existe uma que é a obra prima e a minha obra prima é Amazônico.
O: Qual a sua próxima meta como músico?
A: E a minha meta, é lançar os trabalhos que estou terminando e organizando para esse ano; uma homenagem à festa de Parintins, o CD da Copa 2014 e o CD Repreension Connection em francês que já está pronto.
O: Deixe seus contatos e uma mensagem final para os leitores.
A: Na esperança que o público valorize os artistas da terra, continuo trabalhando.
Adal (092) 9623-6543 adalsilv@ig.com.br
Um grande abraço.

2 comentários:

  1. Parabéns, pela entrevista.
    Sucesso ao blog e ao ADAL, gente boa pra caramba

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  2. Adal,um músico amazonense que faz música para o mundo, sou fâ.

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