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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ghost In The Shell

Criado pelo mangaká Masamune Shirow em 1989, “Ghost In The Shell” é um mangá de ficção científica que originou animes homônimos em formato de três filmes, duas séries de TV e dois jogos de vídeo games.  A obra em si, que tem vários aspectos da cultura cyberpunk, foi uma das influências diretas da famosa trilogia “Matrix”.  Aqui falaremos do primeiro filme longa metragem homônimo à obra.
A capa do DVD de Ghost In The Shell
O filme de 85 minutos, lançado em 1996 teve a direção de Mamoru Oshii e é uma super produção que contou com uma equipe de cinco produtores, três produtores executivos e mais nove artistas de diversas áreas.  As cenas de computação gráfica são exploradas com maestria, mas apenas no necessário, mais especificamente nas cenas de projeções gráficas e efeitos especiais.  A grande maioria é mesmo de animação tradicional com um traço refinado e realista.  A fotografia é lindíssima e mostra toda a megalomania urbana, característica da arte Japonesa pós-guerra.  Os movimentos também são realistas e oferecem maior veracidade às imagens que são convincentes por si só.  O clima é de um futuro sombrio de uma arquitetura totalmente gigantesca.  A violência é mais uma marca explícita, mas suavizada na sensualidade da protagonista principal que passa quase toda maioria da história semi nua.
A sensual "Major" no cenário megalomaníaco urbano
O ambiente é o Japão do ano 2029, onde a tecnologia já alcançou o estágio em que replicantes são construídos, em seu corpo cibernético, mas com cérebro e espinha dorsal humanos.  As inteligências (artificiais ou replicantes) são conectadas à onipresente rede mundial.  Kusanagi Motoko é uma dessas replicantes e trabalha para a Comissão Nacional Japonesa de Segurança Pública – Seção 9.  Nada mais é do que uma espécie de serviço secreto governamental especializado em crimes ultra tecnológicos.  Com seu nome de guerra “Major”, Motoko é a líder tática de uma equipe de replicantes especializada em combater sistemas avançados, programas que atuam como vírus, robôs tanques, traficantes de softwares e outros replicantes programados para o crime.  Dentre a alta tecnologia usada pelo grupo, está a camuflagem termo ótica.  Antes que alguém pense que esse modelo de invisibilidade é fruto da criatividade artística da ficção científica, pode até ter razão no tocante à origem, mas a tecnologia já existe em protótipos, e podem ser encontradas informações a respeito se for buscado por “meta matéria” na Internet.  Num certo momento do filme, Kusanagi intrigada por suas memórias, se pega na crise existencial de sua personalidade.  Reflexão direta ao clássico “Blade Runner” onde replicantes vivem em conflito constante com suas existências passadas como seres humanos, lembradas em suas memórias.  O roteiro extremamente bem elaborado, invoca num certo momento, uma inteligência artificial que tem como intuito maior a manutenção da sobrevivência e consegue tal proeza trocando de corpo, conforme a oportunidade.
Ghost In The Shell” é facilmente encontrado pra download legendado na Internet.  Recomendo o DVD original que possui mais de uma hora de making of.  Não deixe de assistir, a procura valerá a pena.

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