Antes da segunda pá de terra me levanto
O sono foi profundo, mas escutava teu pranto.
Ninguém aqui presente sabe o que aconteceu
Agora estou ciente do que me sucedeu.
Me seduziste por anos em tua beleza
Austera ganância impôs tua natureza.
Te germinei por amor,
Mas fizeste minha dor.
Da semente nasceu um herdeiro
De tua mente só se vê o dinheiro.
O barbeador elétrico com fio descascado
Planejamento métrico e um banho torrado.
Tuas lágrimas de crocodilo
Enganam todos em teu estilo.
Agora estou aqui vendo o circo armado
Invisível, intocável, nu e desarmado.
Espectro inofensivo apenas observo
Última pá de terra que cobre meu terno.
A raiva não está em ter morrido cedo
Mas sim, em agora não te pôr medo.
No estado atual não posso nada fazer
Aguardarei anos pra chegar teu morrer
Quando por fim teus olhos de vez fechar,
A espera de minha vingança irá acabar.
Os amores deixam marcas indeléveis...
ResponderExcluirJota,
ResponderExcluirSó pra deixar claro que esse poema fiz imaginando um espírito acordando em seu enterro e vendo o fingimento de sua viúva, que na verdade é sua assassina.
Marca indelével em mim, só do que estou vivendo agora.