Depois que Fábio Prestes me passou 13 números do “Front Zine” enquadrados como posters, fiquei tentando imaginar o que eu poderia fazer com aquilo, além de ornamentar mais ainda as paredes de meu quarto. Olhei pros quadros pensativo e percebi que poderia mostrá-los em exposições, visto eles já estarem apresentáveis pra isso. Seria uma exposição itinerante do trabalho coletivo de alguns Quadrinheiros. Consultei os nomes envolvidos e todos deram aval sem nenhum interesse em especial. Comecei a minha mobilização solitária pra divulgar um trabalho coletivo. Por algumas vezes cheguei a carregá-los dentro de ônibus, como os farofeiros que carregam suas tralhas. Sempre havia um texto apresentando aquela loucura visual que ficava exposto junto aos quadros. Dentre vários lugares onde houve a exposição, lembro do Espaço Cultural Valer, do Espaço Cultural do SESC, da Faculdade Martha Falcão, do evento Arte Na Praça e do Ao Mirante Bar. Neste último lugar, levei o amigo Adelino Lobato pra ajudar-me na montagem. Na época eu ainda fumava maconha. Enchemos a cara de cannabis no show que houve na casa no dia de abertura da exposição.
O bacana de expor esse trabalho é ver a cara de espanto das pessoas que olhavam a arte mórbida de Fábio Prestes e ficavam imaginando como isso poderia ter sido uma página semanal num jornal de grande circulação. Alguns mostraram interesse em comprar os quadros, mas também cheguei a escutar acusações do trabalho tratar-se de obras de mau gosto.
Abaixo, um dos cartazes de uma das exposições do “Front Zine”, que a qualquer momento pode voltar a ser exposto em algum lugar da cidade que permitir o ato.
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