Auto biografia artística virtual. Registros de eventos, resenhas, desenhos, crônicas, contos, poesia marginal e histórias vividas. Tudo autoral. Quando não, os créditos serão dados.

Qualquer semelhança com a realidade é verdade mesmo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ultraje a Rigor - Nós Vamos Invadir Sua Praia

        Toda banda de rock que marcou seu legado na história da música, merece sua devida biografia. Algumas conseguiram o feito com apenas um disco e sumiram do cenário. Outras começaram sua atuação há décadas atrás e ainda estão em atividade, dando continuidade em suas artes. A jornalista paulistana Andréa Ascenção encarregou-se de escrever a biografia de uma dessas bandas lendárias ativas. O óbvio título “Ultraje a Rigor – Nós Vamos Invadir Sua Praia” foi escolhido, mediante concorrência pública de dezenas de sugestões enviadas. Bem formatado, com ótimas ilustrações e muito divertido, o livro faz jus ao sucesso da banda e é um grande presente para fãs e para banda que já merecia este registro há muitos anos.
         Um diferencial da prevista cronologia no livro que inicia com a criação de tudo, está na narração desde infância, de cada membro da banda, até sua chegada ao conjunto, passando por seus primeiros contatos com o rock e seus devidos instrumentos. O bacana é que isto se dá, conforme cada um entra, na mudança de formação do grupo. A propósito, muito se reclama das constantes mudanças de formação, mas o que pouco se sabe, é que isso não se deu por brigas ou divergências diversas, mas sim, pelo simples fato dos dissidentes se cansarem da rotina da estrada, de shows, de gravações e desejarem carreiras mais consistentes como gerentes de restaurantes, executivos e afins. Prova disso está na amizade que ainda perdura com todos que deixaram a banda.
Capa do imperdível e  plástico livro de Andréa Ascenção
         A diagramação do book é um show à parte. Fontes desalinhadas, fundos psicodélicos, quadros soltos e cores vibrantes remetem o leitor diretamente ao universo plástico e contagiante que tanto marcou e ainda marca a estética da banda, não só da arte gráfica de seus discos, mas também dos vídeo clipes, do figurino, dos penteados (não tão penteados assim), do humor e até mesmo das letras das canções. Os últimos lançamentos, provam que este padrão colorido, não se resume somente aos anos oitenta (lógico que lá eram mais acentuados), mas estão presentes até hoje no Ultraje, como uma espécie de característica, dentre outras mais que compõem este universo a rigor. Um detalhe que ressalta mais ainda este visual, está na impressão do miolo, todo em papel couchê.
        As lendas e histórias marcantes que cercam Roger Rocha Moreira (guitarra/voz e principal compositor) e parceiros são destrinchadas conforme a cronologia dos discos, que são apresentados com arte de capa, set list com créditos de autoria e ilustrações de algumas raridades como credenciais e ingressos, flyers e cartazes de shows. Todos os compactos e EPs também fazem parte da mostra. Vários depoimentos de Kid Vinil estão presentes. Só não entende-se o porquê de somente Kid ter prestado sua visão, salvo uma única exceção de Lobão. Nos esclarecimentos, um dos que mais acalma os fãs mais distantes: o motivo da banda não fazer mais shows em locais afastados do eixo sul/sudeste, se deve ao curioso pavor que Roger tem de viajar de avião. Isto limita o alcance da banda para vias terrestres.
       Dentre as fotos, várias raríssimas e muitas hilárias que podem provocar gargalhadas só de olhar. Letras de canções, infográfico explicando as formações, agradecimentos e biografia encerram a edição.
     Num contexto geral, “Ultraje a Rigor – Nós Vamos Invadir Sua Praia” é um livro metódico (com todo seu despojamento), sério (com todas suas brincadeiras) e imperdível (com toda sua obviedade). Indicado não só para fãs, mas também para todos que desejam um registro mais explicativo de uma das maiores bandas de rock do Brasil.
        Editora Belas-Letras LTDA, Rio Grande do Sul, 2011, 350 páginas.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Guts

       Como desenhar um personagem de mangá que me é totalmente desconhecido? Como não curto fazer um sketch padrão com a simples figura do retratado, a maneira mais fácil que encontrei, foi mostrando-o morto. No caso, da pior maneira possível, esquartejado.
        Espero não despertar desgosto em fãs de Guts de Berserk.

Lápis 8B