Auto biografia artística virtual. Registros de eventos, resenhas, desenhos, crônicas, contos, poesia marginal e histórias vividas. Tudo autoral. Quando não, os créditos serão dados.

Qualquer semelhança com a realidade é verdade mesmo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Gordons - Hecatombe

Um ótimo exemplo de banda que começou tocando somente covers e migrou lentamente para um repertório autoral, Gordons lança seu debut titulado de “Hecatombe”, trazendo 10 faixas bem elaboradas que transitam flexivelmente entre o blues e o hard rock clássico, cantado em português, mantendo uma unidade sonora digna de quem está firmando sua identidade musical.
Capa de "Hecatombe" o ótimo debut dos Gordons
A bolachinha abre com “Intensidade” que mostra de cara um timbre de guitarras bem marcante, com um ótimo refrão levando a canção. A segunda é “Uma Vontade Qualquer” que traz boa letra e remete diretamente a medalhões do rock. Os arranjos são muito bons e a canção apresenta qualidade excepcional dos músicos. Em terceira posição está “Pagando pra Ver”, mais uma com influências diretas de grandes nomes, com um rock simples e muito bem arranjado. Nesta feita já há trabalho com backing vocals e rápidos dedilhados no contrabaixo. A quarta faixa é “Preciso de Mim”. Um blues pesado com destaque para o grande trabalho de cordas executado pelo contrabaixista Roberto Lima (também conhecido como Beto Lee, bem antes do filho de Rita Lee ganhar pelos) e pelo guitarrista Carlos Martins. Em seguida vem “Páginas”. Uma balada pronta pra tocar no rádio. Seu trabalho já mostra uma pitada de progressive rock. Na sequência está “O Claro” que volta ao rock clássico e dá uma apaziguada em seu meado, sem demorar a retomar o peso. O destaque desta vez está na precisão do experiente baterista Sérgio Henrique, que também é responsável pelos backings. A sétima é “Mentiras de Verdade” (ótimo título de faixa). Outra balada, desta vez com um lindo dedilhado na abertura que ganha distorção no primeiro solo. Aliás, haja solos de guitarra nesta música. Aqui o brilho vai para a segurança na voz de Carlos Palácio. “Multidões” vem em seguida e sua estrutura lembra bastante os andamentos dos canadenses do Rush. A penúltima é nomeada com um trocadilho que também está presente no seu refrão. “Vai Tomar um Blues” é um hard rock já bem conhecido pelo público que adora vida notívaga e sacanagem. Pra fechar o CD, a que nomeia o disco. “Hecatombe” é uma faixa curta dedilhada que, apesar de singela, possui uma linda letra.
Agradecimentos, algumas fotos da banda, ficha técnica e todas as letras das músicas compensam a fraca arte de capa. Com músicos experientes, profissionais e humildes, que não se poupam em caprichar nas composições, os Gordons vieram pra ficar por muito tempo, trazendo à tona um grande álbum de estreia. “Hecatombe” pode parecer apenas mais um disco de rock, mas quando escutado com atenção, o disco demonstra uma qualidade imensurável nas composições.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Morte

        Minha versão para a personagem mais fascinante de Neil Gaiman.
        Morte ainda levará cada um de nós. Alguns apenas antecipam o inevitável.

Caneta esferográfica

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Aforismos Oresteanos

 “O tempo é algo abstrato que pode ser facilmente administrado. Basta estipular-se o que realmente é prioridade.”

“Se você ver um princípio de incêndio, poderá apagar, sem precisar ser um bombeiro. Se sentir fome com muitos ingredientes numa cozinha, poderá cozinhar, sem ser um cozinheiro. Então você pode fazer arte, sem precisar ser um artista.”

“A Constituição Federal foi inventada para perpetuar toda falcatrua praticada pelos três poderes.”

“Se os governos se interessassem mesmo pela saúde dos povos, só permitiriam a fabricação de refrigerantes e doces, sem adição de açúcar.”

“Sempre existirão assassinos, traficantes, ladrões e golpistas, porque muitos deles trabalham para toda minoria que detém o poder, em qualquer canto do mundo.”

“No futuro, quado qualquer forma de conhecimento for implantada na mente humana, a era em que vivemos, será lembrada como a era da ignorância.”

“Se os paraísos artificiais forem incentivados, haverá uma diminuição significativa na quantidade de depressivos e de suicidas.”

“As mentiras servem para controlar o medo. Se todas as verdades forem expostas, a sociedade entrará em colapso.”

“Quando as fantasias sexuais forem incentivadas a serem realizadas, e elas forem se realizando, todos serão mais felizes e mais saudáveis.”

“Se sedentarismo é um direito, drogar-se também deverá ser.”

“A morte após um orgasmo sexual, é a prova de que pode se ter prazer, mesmo no momento menos indesejado por todos.”

“Corruptos reincidentes deveriam ter esta identificação tatuada no rosto.”