Auto biografia artística virtual. Registros de eventos, resenhas, desenhos, crônicas, contos, poesia marginal e histórias vividas. Tudo autoral. Quando não, os créditos serão dados.

Qualquer semelhança com a realidade é verdade mesmo.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dpeids - Mamando na Onça

De vez em quando aparece alguém alegando panfletariamente que o “rock está morto”. Por vezes, essa asneira vem de alguma celebridade do mundo da música, procurando o foco dos holofotes com a polêmica no dito. Mas é no surgimento de novas bandas criativas e cativantes que esta declaração cai por terra. Dentre estas novas bandas criativas, há uma em Manaus que merece todo destaque. Dpeids é um nome hilário e que reflete muito bem o regionalismo de som único que essa molecada cabocla faz. “Mamando na Onça” titula o EP de estréia do grupo formado em 2007 e certamente, que foi o CD mais esperado neste ano de 2014 na capital do Amazonas.
Capa do divertido EP de estréia da banda manauara Dpeids
A primeira faixa é a música “A Canoa e o Banzeiro” que já deixa claro o verdadeiro objetivo da banda, que se resume em cantar e dançar a bebida, o fumo, o sexo e outras maravilhas mundanas com pegada ramoníaca. Na segunda faixa “Samba-Canção”, esta “filosofia” continua, mostrando todo um universo boêmio e muito bem humorado. Até quem não bebe e não fuma, não tem como não dar uns sorrisos com estas letras. Na terceira posição vem a canção que nomeia o disco. “Mamando na Onça” conta a história verídica onde um grupo de amigos fez uma viagem alucinante pelos rios da Amazônia em direção a um município do interior, para a realização de um show por lá. O detalhe é que a loucura coletiva foi tão intensa, que quase acabou em naufrágio. Passado o susto, só resta a lembrança para gargalhada geral de seus protagonistas. “A Feira” é a penúltima e quebra o ritmo rocker, com uma levada reggae, mas mantém o bom humor na letra que sempre trás características manauaras. Pra fechar a bolacha, vem “Asqueroso” que volta a acelerar com um riff convidativo ao pogo.
A boa arte gráfica faz bem em trazer as letras das canções, ficha técnica, agradecimentos e contatos. “Mamando na Onça” é um EP poderoso por ter humor explícito, inteligente e ser muito agradável, pra quem curte punk rock com pitadas de reggae e rock clássico. Contudo o CD possui um grande defeito. Dá aquela fissura de “quero mais”, como vários outros lançados na cidade de Manaus. Catando a net, é possível se encontrar várias músicas do bando, pra download gratuito.
É sempre bom ver nascer e brilhar bandas como a Dpeids que serve som dionisíaco a seus ouvintes, provando que o verdadeiro espírito do rock and roll, nunca vai morrer.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Logo de Extinta Banda

Abaixo divulgo antiga logomarca que fiz por encomenda para a extinta banda 092. Três foram as propostas apresentadas para a banda e esta foi a escolhida. Reparem que, por se tratar de um rascunho, ainda foi feito em papel milimetrado.


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Porquê Não Tenho Facebook

No mundo informatizado de hoje, é imprescindível o acesso a internet. Seja para fins profissionais, acadêmicos, especulativos, comunicativos ou meramente de lazer, um computador conectado à rede mundial se faz útil e crucial para se alcançar qualquer objetivo pelo usuário. Dentre os meios mais populares de acesso, estão justamente as redes sociais. Estas abrigam a conectividade entre pessoas amigas, desconhecidas, celebridades, comunidades, instituições, poder público e organizações diversas. Muito difícil encontrar alguém que não esteja ligado a algum tipo de rede social, com exceção da zona rural. Há aqueles que são viciados a elas e ainda outros que criam perfil em todas as redes existentes, sempre aguardando a próxima surgir. Contudo, este que vos escreve não está vinculado a mais popular de todas, o Facebook, e devido a isso, bullying e exclusões surgem constantemente como consequências inevitáveis.
Com toda a sinceridade, tenho evitado os textos na primeira pessoa, mas, repetidamente, estes se fazem necessários, devido a eterna cobrança deste “padrão social” imposto pela coletividade do qual eu insisto em fugir.
Algumas pessoas se doem quando digo que o sucesso do Facebook está no simples fato dele ser a “rede social do momento”, o que equivale, a “rede social da moda” e terá de manter este reinado pelo tempo que for necessário. Algumas pessoas que estão ganhando muito dinheiro com isso, tratarão disso. It is a show business.
Vejamos os fatos históricos dentro do mundo virtual. Há alguns anos atrás, todos tinham conta no, recém finado, Orkut. Amigos desaparecidos, parentes distantes e todo um aglomerado virtual passou a se encontrar e reencontrar com fotos posadas, descrições exageradas e compartilhamentos diversos. Mesmo eu, cheguei a abrir uma conta, com o simples intuito de falar com algumas pessoas que eu não falava há décadas. Não precisava dizer que me arrependi bastante. Nada a ver com os grandes amigos e parentes que encontrei. Os problemas não demorariam a aparecer. Choveram vírus, spams, hackers se passando por mim e outros similares virtuais, de modo que tive de formatar meu computador. Chegaram a aparecer alguns crentes evangélicos me enchendo o saco. Acabei por encerrar a conta com alguns meses dela aberta.
Eis que surgiu o Facebook. Num período curto de tempo, todos passaram a migrar para esta nova rede, pois ela oferecia mais recursos, era mais bonitinha e estava no falatório cibernético daquele momento.
Pode até demorar, mas é uma questão de tempo pra surgir outra rede social com mais recursos, layout diferente etc. Então esta outra que surgir, será a nova rede “social do momento” e novamente haverá uma migração de rede.
Como era praxe atuar em grupos de trabalho voluntário, há alguns anos atrás, houve um período em minha vida que cheguei a atuar em cinco grupos voluntários distintos. Dentre estes, dois coordenadores (que não me convém citar nomes, mas sem precisar de uma busca muito demorada, se encontrará facilmente algumas coisas online que não são atualizadas há tempos e certamente podem ser tiradas do ar ou maquiadas como atualização, depois de publicada esta postagem que você está lendo) de dois grupos diferentes, montaram em suas gestões de trabalho, a base virtual da comunicação do grupo, justamente o Facebook.
Até aí, tudo bem!
O tumor apareceu na aplicação de uma decisão radical que viria a abandonar outras ferramentas de comunicação virtual. As mais importantes, pode-se dizer que, são o e-mail e o blog. Não me adentrarei na importância destes, até porque estamos num país que é programado para manter um certo percentual de pobreza e miséria, logicamente, com atuação de nomes espectrais, parentes daqueles, já citados senhores, que ganham muito dinheiro em cima disso.
Implantou-se canalização de interesses, através de exclusividade para divulgação, desde simples mensagens até documentos inteiros para execução de trabalhos.
Cheguei a escutar de coordenador, que eu tinha a obrigação de abrir uma conta para poder me comunicar com o grupo e ficar a par de tudo mais que eles estariam tratando naquela devida rede social. Que eu tinha que me “atualizar”.
Em anos de trabalho nestes meios, sempre fico conectado, quando possível. Sempre tive uma vida virtual muito ativa, ainda mais quando me começou a surgir uma demanda de trabalho virtual. Estou em contato com dezenas de pessoas de vários lugares, sempre estou atualizado com as mais recentes notícias, até ao básico clássico que devemos estudar no decorrer de nossa vida. Nunca precisei estar ligado ao Facebook pra isso. Em vários momentos, cheguei a levar a muitos, algum tipo de informação, antes mesmo que ela fosse divulgada na medíocre rede.
Até hoje ainda tem gente que se impressiona ao saber que eu não tenho uma conta no Facebook. E perguntam, meio que surpreendidos, o porquê.
A incompetência gerencial dos exemplos narrados acima, não são apenas as únicas mazelas da rede social em questão, mas também o surgimento daquelas mesmas pragas virtuais que abundavam no Orkut e também com a proliferação de outras mais recentes.
Sem o controle demográfico, aumentam os casos de haters que atuam fomentando o ódio e a intolerância. Formadores de opiniões são estrategicamente implantados para ministrarem a proliferação da violência.
No Oriente Médio, crescem os recrutamentos de soldados radicais prontos para morrerem amarrados a bombas e prontos para degolarem qualquer um estrangeiro que possa ser usado como refém. Já foi divulgado que estes recrutamentos alcançam grande sucesso em redes sociais.
Outra problemática social que percebe-se de imediato, é a discórdia com as tão constantes e desnecessárias discussões por comentários. Se alguém postar um simples “não gostei” como comentário. Pode se desencadear uma série de contra respostas infindáveis que, em muitos casos, gera brigas físicas e rupturas de relacionamentos.
Lógico que entram outros fatores pessoais, mas sem tender a nenhum cunho religioso, não deveríamos buscar a prática do amor incondicional no social, mesmo que em plataformas virtuais?
Algo que vinga no Facebook e que já foi bastante noticiado, é a enorme censura que monitora a rede. O próprio monitoramento é de uma atuação um tanto orwelliana.
Devido ao fato de sempre gostar muito de escrever e ter a enorme atuação e vontade de divulgar muita arte gráfica, acabei por abrir alguns blogs (facilmente encontrados). Como já havia aberto contas de e-mail e até gerenciado mailists de grupos pelo G-mail, diretamente já estava conectado para blogs do Blogspot que também é vinculado ao Google. Sinceramente não entendo bem como funciona a relação jurídica entre as marcas, mas procuro fazer bom usufruto destas ferramentas. Quando se abre uma conta no G-mail, já se ganha automaticamente um perfil em sua rede social G-plus (maior concorrente do rei Facebook).
Mergulhei no G-plus!
Confesso que não sou de ficar postando diretamente e apesar de ter mais de trezentas pessoas adicionadas, não adiciono estranhos, indesejados ou organizacionais. Devido ao expressivo número, cai por terra o argumento de que “no G-plus não tem ninguém”. Lógico que se compararmos os números, iremos ver claramente que a quantidade total de usuários do G-plus, não dá um terço da quantidade de usuários do Facebook.
Aí talvez esteja o grande diferencial entre eles.
No G-plus não se vê essas constantes discussões e impropérios nos comentários. A qualidade dos comentários postados, são de outro nível. Juro que não lembro de ter visto grandes ofensas ou brigas virtuais prolongadas. Não que não existam por ali também, mas nada comparado à frequência de discórdias que são bem popular no Facebook. Levemos, mais uma vez, a comparação em proporção entre as redes. Por isso, costumo dizer que, “se um dia o G-plus ficar popular e populoso como o Facebook, eu encerro a minha conta”. Enfim, me sinto mais a vontade numa plataforma virtual onde estou com uma certa segurança, por ainda não ter tido nenhuma experiência desagradável nela e seu conteúdo (no tocante a postagens), serem bem mais amáveis, sempre lembrando a proporcionalidade.
Uns meses atrás, pretendia voltar a atuar em web radio, num programa exclusivo, visto que eu já atuava como convidado no programa de um determinado amigo.
No planejamento de meu programa, decidi que abriria uma conta no Facebook, pois tinha o intuito de conseguir o máximo de audiência e nem mesmo iria me aprofundar nos relacionamentos por ali. Paralelamente, também abriria uma conta no G-plus e iria ministrando ambas até enquanto conseguisse. Bem o fiz a abrir as tais contas, mas com um detalhe. O Facebook não permite que se abra uma fan Page, sem ser através de uma conta nominal. Resumindo: pra abrir a página do meu programa, eu teria de abrir uma conta minha. Até tem como conseguir abrir uma diretamente como pessoa jurídica ou organização qualquer, desde que se contrate um plano pago.
Totalmente a contra gosto, abri minha conta no Facebook, imediatamente abrindo a fan Page e já postando o comentário de que a conta pessoal não seria ativada, por estar ali com o objetivo exclusivo de movimentar a página do programa. Só esta minha singela justificativa de inoperância da conta pessoal, fez surgir um bate boca virtual.
Cheguei a ser vítima de indiretas claramente dirigidas a minha pessoa, comentários sarcásticos e até mesmo apontado como provável realizador de denúncia difamadora (?). Absurdos à parte, estava disposto a levar adiante o plano inicial, mesmo com a sensação de um ser alienígena que não deveria estar naquele meio.
Como foi divulgado, a web radio encerrou suas atividades por falta de recursos financeiros e tudo que estava planejado em sua grade, inclusive o meu já tão esperado programa, findou-se. Esta foi a mais indesejável justificativa que eu esperava ter para não usar mais a conta recém aberta no Facebook.
Tratei logo de usar a opção de “encerrar conta definitivamente”. E gozei uma deliciosa sensação de alívio ao estar ciente que não precisaria mais ter um perfil de Facebook.
Definitivamente, espero não estar criando desavenças e deixo claro o meu respeito pela opção de uso ao Facebook, meu grande carinho por muitos que usam diariamente e alguns que até são viciados. Porém, imploro o mútuo respeito de meu natural direito em não querer “fazer parte da boiada”. Agora quando me surgir novamente a pergunta curiosa do porquê eu não ter uma conta no Facebook, em vez de gastar horas explicando ou dando detalhes dos motivos aqui expostos (se dedicasse mais tempo, provável de surgirem mais ainda. Isto daria uma ótima tese), passarei o link desta crônica.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Abrindo o Jogo

       O poema abaixo foi feito por encomenda para a banda The Mones.


Por favor, Dr.
Não me leve a mal
Não sou comerciante
Isto é só pro meu Natal

Digo, meu Sr.
Não tenho nada a ver
Com qualquer um daqueles
Que têm o que esconder

Escute aqui, Sr.
Não sou de violência
Partimos pro colóquio
De mútua consciência

Quer saber, Dr.?
Fique com uma parte
Satisfação a todos
Muita saúde, vinho e arte

Satisfação a todos
Muita saúde, vinho e arte
Mais um pouco da minha parte
Saúde, vinho e arte
Saúde, vinho e arte

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Banners Não Aproveitados do Programa Toca Vinil

       Como todos sabem, o programa Toca Vinil acabou por não estrear, devido ao fechamento precoce da web rádio Batukada. Devido a isto, findou-se que nem cheguei a divulgar os dois últimos banners que tinha feito para tal. Logo, seguem abaixo.